PEP-3: Como incluir crianças com Deficiência Intelectual no ambiente escolar

PEP-3: Perfil Psicoeducacional

Como incluir crianças com deficiência intelectual no ambiente escolar

PEP-3 perfil psicoeducacional

Que todas as crianças são diferentes entre si, isso não é novidade. Mas, quando falamos de crianças portadoras de Distúrbios de Desenvolvimento (Deficiência Intelectual), o buraco é mais embaixo. Principalmente ao se falar do ambiente educacional.

Cada criança é única, com ou sem deficiência, e é merecedora de todo nosso respeito e solidariedade. Não devemos diferenciá-las por deficiências, mas sim por inteligências; e todas as crianças possuem suas inteligências. Por isso, é preciso aprender a ensiná-las corretamente, descobrindo como deve ser o processo de aprendizagem para elas.

Professores, psicólogos e qualquer profissional envolvido na educação dessas pessoas sabem o quão importante é uma análise individual de cada caso. Para que haja inclusão de verdade, é necessário que o aluno esteja inserido no ambiente escolar, participando diretamente das atividades dentro das classes de ensino regular e das atividades externas. A criança deve construir a sua aprendizagem e não somente viver um processo de socialização, como se não houvesse possibilidade alguma de aprender os conteúdos da sua turma.

PEP-3 perfil psicoeducacional

Para que isso aconteça, é extremamente importante conhecer o perfil de cada criança, levantando as áreas em que ela apresenta maior habilidade e as em que apresenta maior defasagem,  inclusive as áreas em que ela já está em aprendizagem. A partir dessa análise, é possível  construir um projeto pedagógico especial para o desenvolvimento dessa criança, de acordo com as suas necessidades.

Assim surgiu o Perfil Psicoeducacional (PEP-3), no departamento de Projeto de Pesquisa em Psiquiatria Infantil na Universidade da Carolina do Norte, justamente pela necessidade de se considerar as peculiaridades do comportamento de crianças especiais, identificando tanto as áreas de habilidade quanto as deficitárias.

Em resumo, o PEP-3 é um instrumento de avaliação da idade de desenvolvimento de crianças com autismo ou com distúrbios de desenvolvimento. Sua aplicação é capaz de identificar padrões de aprendizagem irregulares e idiossincráticos. Por isso, ele é utilizado como alicerce para a elaboração de um planejamento psicoeducacional individualizado. Sua aplicabilidade clínica tem sido demonstrada continuamente desde o seu desenvolvimento.

PEP-3 perfil psicoeducacional

O trabalho que se realiza junto às famílias, educadores e terapeutas é o de informa-los sobre as características da Síndrome de Down, do Autismo, do TDAH, entre outros. Transforma-se o olhar e a mente de todos os pilares da inclusão, conscientizando-os sobre a necessidade de se aprender mais e de conviver com as crianças, prestando mais atenção aos sinais que elas dão. Deve-se refletir e reavaliar sempre o fazer e o ensinar, para que se ofereça os recursos de estimulação global no concreto e pedagógico de acordo com cada perfil.

Através desse perfil pode-se identificar as áreas em que a criança tem maior habilidade, maior defasagem e as áreas emergentes (áreas em que já têm algum conhecimento, mas ainda não conseguem realizar as atividades sozinhas e por completo). É por essas últimas que se inicia o PEI (Programa Educacional Individualizado), que serve para nortear todo o fazer pedagógico e a rotina de estimulação global em casa, na escola e com as terapeutas.

O PEP3 vai avaliar o afetivo, o social e o cognitivo nas áreas de imitação, coordenação motora grossa e fina, integração olho-mão, cognitivo verbal, percepção e desempenho cognitivo.
Essa avaliação revelará a idade mental em cada uma dessas áreas, e isso revelará qual a estimulação adequada de acordo com a maturidade de cada criança. É importante que sempre se inicie do que a criança já sabe (ou consegue fazer), para que ela se sinta confortável consigo mesma e para que sua autoestima esteja sempre “em alta”.

PEP-3 perfil psicoeducacional

 

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