Você está preparado para fazer Pediatria?

A Pediatria é uma das especialidades mais procuradas por médicos recém-formados em todo o mundo. No Brasil, estima-se que haja 36 mil pediatras em exercício. O índice é maior que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde: são 18 especialistas para cada 100 mil habitantes.

Para seguir essa carreira, o aluno formado em medicina tem duas opções: fazer uma residência médica ou ingressar em um curso de pós-graduação em Pediatra – prestando, posteriormente, a prova de título perante a SBP.

Em ambos casos, o caminho a percorrer é longo e exige muita dedicação do médico aspirante a pediatra. Mas, mesmo após concluir os estudos, a vida desse especialista continua cheia de adversidades.

De fato, a Pediatria é fascinante. Lidar com novos seres humanos, desde os seus primeiros dias de vida, é realmente encantador. Mas, além de recompensadora, a missão de ter do futuro da sociedade em suas mãos exige muita responsabilidade. Quando você se torna pediatra, você assume compromissos que jamais pensou que teria.

Esse artigo é pra você, que é apaixonado por Pediatria desde o primeiro semestre da faculdade, mas que talvez não tenha se dado conta dos tantos desafios que estão por vir. Então, vamos descobrir se você está preparado?

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1 – Crianças não sabem dizer o que sentem

Seus pacientes ainda nem sabem falar ou recém estão aprendendo. Como chegar a um diagnóstico, se a criança não pode dizer o que sente? Por isso, é muito importante que o médico tenha sensibilidade, entenda de psicologia infantil e, claro, possua um ótimo conhecimento em medicina. Para estabelecer um diagnóstico eficaz, é preciso ter paciência e determinação, já que muitas vezes seus pequenos pacientes não conseguirão elucidar seus sintomas.

 

2 – Ver criança sofrendo é muito angustiante

Você tem a estabilidade emocional e a frieza necessárias para lidar com crianças doentes? Como você vai reagir se um bebê machucado chegar ao seu consultório? Muitos médicos precisam fazer terapia para extravasar o que veem no dia a dia da profissão. É claro que, muitas vezes, existe um afeto sincero entre o profissional e a criança. Mas, é necessário distinguir as vidas pessoal e profissional e não se envolver emocionalmente com os pacientes.

 

3 – Os pais podem ficar desesperados

Muitos pais se mostram extremamente emotivos e sensíveis com o estado de seus filhos. Por isso, é muito importante que você seja compreensível, paciente e observador. Entenda que a preocupação deles pode extrapolar os níveis normais. E não esqueça que os pais são parte fundamental no tratamento da criança, pois são eles quem cuidam dos filhos em casa. É necessária uma ótima comunicação para passar as informações exatas sobre os cuidados com a criança.

 

4 – Os pais ligam para o seu telefone a qualquer hora do dia

Diferentemente de outros médicos especialistas, o pediatra não tem hora para encerrar o expediente. As ligações de mães preocupadas com seus filhos chegam a qualquer hora do dia. E você tem que entender que isso é normal, pois crianças inspiram maiores cuidados e atenção 24h. Então, prepare-se para ser interrompido em eventos de família, no seu horário de descanso. Você, se for um bom profissional, vai se mostrar à disposição dos pais em qualquer momento do dia.

 

5 – É cansativo e há pressão de todos os lados

A rotina de um pediatra plantonista é muito intensa. Por isso, o profissional precisa estar preparado para enfrentar um dia com grande volume de atendimentos. E há a inevitável pressão dos pais e familiares das crianças, que exigem que o médico cure seus filhos o quanto antes.

Em se tratando de hospitais públicos, sabe-se que o trabalho fica ainda mais difícil. Além do elevado número de pacientes à procura de atendimento, o quadro de médicos é reduzido. Você vai querer ajudar todo mundo, mas muitas vezes não vai conseguir.

 

 

 

 

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