Médico, você sabe o suficiente sobre Cardiologia?
Na faculdade de Ciências Médicas, os alunos aprendem a Cardiologia de um modo geral, porque, claro, esses conhecimentos são fundamentais para o exercício da Medicina. Porém, todo médico – seja o clínico, o de família ou qualquer não cardiologista – deveria estudar mais sobre Cardiologia. Se você exerce a medicina, provavelmente já deve ter recebido em seu consultório pacientes com complicações cardiológicas – ou ao menos com riscos de desenvolvê-las. E a tendência é que essas reclamações aumentem, porque as doenças cardíacas estão cada vez mais frequentes no Brasil.
A cada dois minutos, uma pessoa morre em decorrência de problemas cardíacos. E, segundo a OMS, a previsão é de que em 2040 o aumento das doenças cardiovasculares seja de 250%. Esse número é resultado de altas taxas de colesterol, pressão alta, aumento dos casos de obesidade. Cada vez mais, pacientes aparecem em clínicas, consultórios ou emergências com alguma complicação cardiológica. E é aí que surgem as dúvidas: Como avaliar corretamente uma dor torácica? O que fazer na presença de uma arritmia cardíaca, como fibrilação atrial? Como estratificar um paciente com hipertensão, com colesterol alto? Quando esses casos devem receber maior preocupação?
Um norteamento sobre a parte cardiológica proporcionará ao médico fazer uma medicina melhor para o seu paciente. Por isso, é necessário que todo médico tenha boas noções sobre Cardiologia. Inclusive, muitos profissionais já estão buscando cursos de especialização para aprofundar seus conhecimentos na área. Esse aprimoramento qualifica o médico para a condução do paciente cardiopata de maneira mais eficaz.
E vale lembrar que a maioria das doenças cardíacas são percebidas na saúde básica. Por isso, muito se fala da importância dos primeiros cuidados em saúde para o diagnóstico e tratamento correto dessas disfunções. Quando o paciente entra no Sistema de Saúde, o médico que faz esse atendimento inicial deve estar preparado para conduzi-lo corretamente em caso de doença cardíaca.
A principal função da atenção primária está centrada no diagnóstico precoce e no tratamento oportuno. Conhecer esmiuçadamente a parte cardiológica é fundamental para que se saiba investigar o doente. Além disso, o médico deve saber como conduzir um paciente com afecções cardiológicas antes de encaminhá-lo para o especialista.