Omeprazol: uso irracional pode comprometer sua saúde

Os inibidores da bomba de prótons (IBPs), como o omeprazol, lamsoprazol, pantoprazol, esomeprazol, rabeprazol, dexlansoprazol e os demais medicamentos desse grupo, inibem irreversivelmente a enzima H+/K+-ATPase (bomba de prótons) realizando a supressão da produção de ácido estomacal.

Embora esses medicamentos sejam utilizados para diminuir os sintomas da queimação estomacal, da azia, ou mesmo no refluxo gastro-esofágico, vários estudos tem relacionando os IBPs com o câncer de estomago, o adenocarcinoma, a deficiência de vitamina B12 e de Ferro.

De acordo com o estudo “EFEITOS EM LONGO PRAZO DE INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS”, publicado no periódico BJSCR (5(3):45-49 (Dez 2013 – Fev 2014)), embora haja diferenças farmacocinéticas,todos os representantes dessa classe são similares entre si, reduzindo em até 95% a produção diária de ácido gástrico. A secreção ácida só retorna ao normal após síntese e inserção de novas moléculas da enzima H+/K+-ATPasena membrana apical das células parietais. Sendo assim, a inibição da secreção ácida persiste após eliminação plasmática das drogas, cuja meia-vida não é superior a 90 minutos. Com a interrupção de um tratamento adequado,o restabelecimento completo da secreção pode levar até 5 dias para ocorrer.

Assim, a maior preocupação relaciona-se com os efeitos em longo prazo, devido à intensa supressão ácida que promove aumento na secreção de gástrica compensatória,com a consequente hipergastrinemia. Como a gastrina é um hormônio trófico, a estimulação da proliferação e crescimento de células e tecidos pode ser ativada indiretamente pelos IBPs. Há também uma compensação pela baixa cloridria através da “aceleração da produção” de células parietais, com crescimento excessivo dessas células no estômago. Então, quando a produção de ácido deixa de ser bloqueada pelos IBPs, o mecanismo de produção de ácido funciona de modo ainda mais intenso.Assim, a utilização em longo prazo de omeprazol em humanos pode então relacionar-se com a proliferação de células e tumores carcinoides.

Os efeitos indesejados mais comuns, embora raros, consistem em náuseas,dor abdominal, prisão de ventre, flatulências e diarreia.Foi relatada a ocorrência de miopatia subaguda, artralgias,cefaleias e exantemas cutâneos.

Com este artigo, o que se pretende não é a interrupção de tratamentos em andamento, de forma deliberada pelo paciente; pretende-se sim, alertar para que não se faça uso abusivo, por automedicação.

 

 

Fonte: Master News

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