Atualize-se: 3 temas que estão em alta na Psiquiatria
Os transtornos psiquiátricos se tornaram um dos principais problemas de saúde pública da última década. Não dá pra negar que já avançamos na compreensão dessas doenças, mas o entendimento e a condução desses transtornos ainda serão revistos.
Rapidamente o conhecimento científico evolui, e logo surgem novas concepções. E, como em toda prática médica, a Psiquiatria também precisa ser revista e atualizada, para que possa oferecer o que há de melhor e mais recente em termos de diagnóstico e tratamento.
Nesse artigo, separamos 3 temas bastante atuais e dignos da atenção dos psiquiatras. Se você ainda não tem domínio sobre eles, busque mais informações científicas. Eles vão dar o que falar!
- O transdiagnóstico em psicoterapia
Alguns tratamentos são concebidos para mais de uma entidade diagnóstica, como é o caso do transdiagnóstico. Nesta abordagem, psicoterapeutas visam uma regulação emocional adequada para os pacientes, pois entre eles há fatores de etiologia, vulnerabilidade e manutenção em comum.
Muitas psicopatologias desenvolvem-se em função da regulação emocional errônea dos pacientes. É necessário o entendimento a respeito da necessidade de aplicação do protocolo unificado em psicoterapia e como este vem se desenvolvendo ao longo dos últimos anos. Atualmente existem muitas técnicas psicoterápicas, e é importante identificar quais apresentam comprovação de eficácia. Como qualquer abordagem terapêutica, deve-se pesar prós e contras em sua aplicação.
A escolha do tratamento é feita juntamente do paciente, considerando suas preferências, as indicações técnicas e as vantagens e desvantagens de cada um. Essa abordagem abre a porta para formas potencialmente transformadoras de medicina individualizada: tratamentos que são baseados em um perfil das peculiaridades cognitivas de cada paciente, diferentemente de classificações diagnósticas engessadas.
- A saúde mental do médico
Atualmente, é comum que o médico trabalhe para convênios e complete a renda com plantões extensos e exaustivos. Além disso, o psiquiatra é muito cobrado sobre atualização científica – frequentar congressos, fazer cursos de atualização, ler revistas especializadas. Essas ações exigem investimento financeiro e requerem muito tempo do médico, que vai deixando de lado a sua vida social e familiar.
Há muito tempo os estudiosos chamam a atenção para a incidência do suicídio entre os médicos, e desde o século passado se discute a importância da ampla divulgação do tema.
Infelizmente, o Brasil está muito atrasado nesse debate, com poucas iniciativas tanto de indivíduos como de instituições. Estima-se que de 10 a 12% dos médicos têm ou virão a ter transtornos psiquiátricos ou psicológicos. Além disso, os dados disponíveis sobre a saúde mental médica demonstram alta prevalência de estresse, fadiga, obsessão/compulsão, ideação suicida, suicídio, depressão, síndrome de burnout e dependência de drogas.
- Complicações psiquiátricas na doença de Parkinson
A psiquiatria tem papel fundamental no diagnóstico e tratamento dos sintomas neuropsiquiátricos associados à doença de Parkinson – normalmente depressão e psicose. Geralmente, a progressão dos sintomas é lenta, mas isso pode variar de caso para caso. Os psiquiatras devem estar atentos ao aparecimento de sintomas motores em casos de depressão. Ela pode ser um sintoma pré-motor da doença de Parkinson.
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