Estudo inglês afirma que cloroquina aumenta risco de morte e não é eficaz contra Covid-19

A revista científica inglesa The Lancet publicou na sexta-feira (22) o resultado de um estudo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.  A conclusão é de que não foi encontrado benefício do uso do medicamento. Inclusive se constatou que houve mais mortes, além de piora cardíaca dos pacientes tratados com esses medicamentos.

Os dados foram apurados de 671 hospitais, de seis continentes e incluem pacientes hospitalizados entre os dias 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020, com diagnóstico positivo de Covid-19. A pesquisa foi feita com 96.032 pacientes sendo 53,7% homens e 46,3% mulheres. Desses, 14.888 pacientes foram divididos em quatro grupos: 1.868 receberam cloroquina, 3.783 receberam cloroquina com um macrolídeo, 3.016 receberam hidroxicloroquina e 6.221 receberam hidroxicloroquina com um macrolídeo. Os demais pacientes (81.144) formaram o chamado grupo de controle, que não nenhum dos medicamentos para que pudesse ser comparada a efetividade do tratamento.

Segundo a pesquisa a conclusão foi que “Nesta grande análise multinacional com casos reais, não observamos nenhum benefício da hidroxicloroquina ou cloroquina (quando usados isoladamente ou em combinação com um macrolídeo) nos resultados hospitalares, quando iniciado precocemente após o diagnóstico de covid-19. Cada um dos regimes medicamentosos de cloroquina ou hidroxicloroquina isoladamente ou em combinação com um macrolídeo foi associado a um risco aumentado de ocorrência clinicamente significativa de arritmias ventriculares e aumento do risco de morte hospitalar com covid-19”.

A pesquisa foi realizada pelos pesquisadores Mandeep R. Mehra (Brigham and Women’s Hospital Heart and Vascular Center e Harvard Medical School, EUA), Sapan S. Desai (Surgisphere Corporation, EUA), Frank Ruschitzka (University Heart Center, Suíça) e Amit N. Patel (University of Utah e HCA Research Institute, EUA (Com Reuters). Outros estudos já comprovaram que não há eficácia comprovada do medicamento no combate ao novo coronavírus. Somente neste mês de maio, alguma das mais importantes revistas médicas do mundo – New England Journal of Medicine (NEJM), o Journal of the American Medical Association (Jama) e o British Medical Journal (BMJ) – também publicaram pesquisas com resultados nada favoráveis a esses medicamentos.

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