Uso de cinto de segurança reduz em 45% o risco de morte
Publicado em 19/09/2018
Em 2017, de acordo com dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal, foram registrados quase 3600 acidentes em que os ocupantes estavam soltos no carro. Ou seja, não estavam fazendo uso do cinto de segurança. O resultado disso foram 132 vidas perdidas ao longo do ano só por conta dessa infração. O que representou em média, uma morte a cada três dias.
Outro estudo feito pelas empresas que administram as estradas brasileiras, apontou que ao menos 4 em cada 10 pessoas que trafegam pelas rodovias do país não usam o item de segurança.
Se forem olhados de forma mais específica, os dados também impressionam: 8,9% dos motoristas entrevistados na pesquisa admitiram não usar o cinto e 36% disseram que dispensam o passageiro de colocar, tanto no banco da frente como no de trás.
Entre os condutores que não estavam de cinto, 35,5% disseram que houve falta de atenção, 15,5% transferiram a responsabilidade aos passageiros e 12,8% alegaram não ser necessário, já que o trajeto seria curto.
O que chama a atenção e preocupa especialistas ligados ao assunto é que esses motoristas, além de ignorar o risco que correm, também não levam em consideração o quanto o item de segurança pode evitar inclusive, a morte.
De acordo com levantamentos da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o uso do cinto de segurança reduz em até 45% o risco de morte para quem usa o item no banco da frente e até 75% para passageiros do banco de trás.
Os especialistas lembram ainda que sem o equipamento de segurança, o peso da pessoa com o impacto chega a ser 15 vezes maior. O cinto ainda reduz perto de 100% das lesões nos quadris, 60% das na coluna, 56% das lesões na cabeça, 45% no tórax e 40% no abdome.
O que diz a lei
É importante lembrar que pela legislação brasileira, o cinto de segurança é de uso obrigatório tanto no banco da frente quanto no de trás. O não uso configura infração grave, punida com 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 195,23. No caso de criança sem cinto ou cadeirinha, a infração passa a ser gravíssima, com 7 pontos na carteira e multa de R$ 293,47.
Nas rodovias federais do País foram aplicadas em 2017 cerca de 213 mil multas pelo não uso do cinto, de um total de 5,8 milhões de autuações, segundo a Polícia Rodoviária Federal.