Asma Pediátrica na Emergência: seguir as diretrizes reduz número de internações

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Crises de asma são responsáveis por grande parte das visitas das crianças aos serviços de emergência. E, nesses casos, aderir às diretrizes baseadas em evidências melhora os resultados do paciente, conforme revelou pesquisa recente.

Até pouco tempo, os esforços de melhoria da qualidade no manejo da asma nunca tinham sido testados em departamentos de emergência. Foi então que pesquisadores dos Estados Unidos implementaram uma diretriz de asma pediátrica em um departamento de emergência de comunidade e observaram seus efeitos.

Para formar a amostra, pegou-se pacientes cujo registro eletrônico de saúde continha as palavras asma, broncoespasmo ou sibilância. Foram revisados os prontuários dos pacientes incluídos 12 meses antes da implementação da diretriz e 19 meses após a implementação.

As medidas de processo incluíram a proporção de crianças que tiveram uma contagem de asma registrada, que receberam esteroides e o tempo para administração das drogas. A medida de resultado foi a proporção de crianças que precisaram de transferência para um centro de cuidado terciário.

No total, foram incluídos 724 pacientes, 289 durante o período basal e 435 após a implementação da diretriz. Em geral, 64% dos pacientes foram diagnosticados com asma após a implementação da diretriz. Durante o período basal, 60% dos pacientes receberam esteroides durante a visita à emergência, comparados com 76% após a implementação da diretriz (OR = 2,2; IC 95%, 1,6-3,0). O tempo médio de uso de esteroides também diminuiu significativamente, de 196 para 105 minutos (p < 0,001).

Significativamente menos pacientes necessitaram de transferência após a implementação da diretriz (10% em comparação com 14% durante o período basal) (OR = 0,63; IC 95%, 0,40-0,99).

A pesquisa nos mostra a importância de seguir os guidelines, fazendo o uso oportuno de corticoides orais e a tendo em vista a redução da solicitação de exames complementares, como a radiografia de tórax.

Segundo a Pediatra Ana Carolina Pomodoro, uma parceria entre o departamento de emergência na comunidade e um centro de cuidado terciário precisa ser estimulada. Isso beneficia a todos, pois os casos passam a ser conduzidos de uma melhor forma, havendo maior número de pacientes tratados com sucesso, com consequente redução na taxa de internação dessas crianças”, finaliza Dra. Ana.

 

Fonte: PEBMED
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