Descubra a melhor técnica para enfrentar o transtorno de aprendizagem

Publicado em 31/08/2018

Os transtornos de aprendizagem, que frustram pais, professores e especialmente estudantes, atingem hoje cerca de 5% da população escolar. Esses transtornos são caracterizados por uma dificuldade específica, como de leitura (dislexia), de escrita (disgrafia) ou de fazer cálculos (discalculia), em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para o seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

Esses distúrbios são resultados de um desenvolvimento atípico do cérebro com complicadas causas genéticas e ambientais. E de acordo com os pesquisadores, essas condições isoladas já são um desafio para o educador, mas descobriu-se que a ocorrência simultânea de mais de um tipo de transtorno em um aluno é mais comum do que se imaginava. Só para se ter uma ideia, entre 33% e 45% das crianças com desordem de atenção também sofrem de dislexia – e outros 11%, de discalculia. Ou seja, esses pacientes apresentam características de mais de um transtorno.

Essas situações, na maioria das vezes, causam estresse tanto para a criança, quanto para os pais, que nem sempre sabem como agir ou encontram a melhor maneira de ajudar. É por isso que a Psicoeducação se torna tão importante.

A psicoeducação é uma técnica que relaciona os instrumentos psicológicos e pedagógicos com o objetivo de ensinar o paciente e os cuidadores sobre a doença física e/ou psíquica e também sobre seu tratamento. Assim, é possível desenvolver um trabalho de prevenção e de conscientização em saúde.

Pode-se dizer então que a psicoeducação é uma intervenção terapêutica por meio de informações sistemáticas, estruturadas e didáticas sobre o transtorno e seu tratamento, que também inclui aspectos emocionais no sentido de capacitar as crianças, adolescentes e pais a enfrentar as situações e questões práticas que são provocadas pelo transtorno.

A abordagem psicoeducacional é mais que promover a ampliação do conhecimento de um paciente e de sua família, acerca do que é uma doença e seu tratamento; é ajudá-los a compreenderem, e dar sentido à experiência vivida, e engajá-los no uso dessa compreensão em seus cotidianos, valorizando a vida e preocupando-se com ela.

Assim, um dos objetivos principais de uma intervenção psicoeducativa é oferecer informações ao paciente sobre a natureza do transtorno e as opções de tratamento, buscando melhorar as habilidades de manejo da doença, aumentar o compromisso com as indicações terapêuticas, diminuir a duração e/ou intensidade dos episódios, o número de hospitalizações e prevenir recorrências.

Tipos de Psicoeducação (PE)                    

  1. PE individual – É feita em sessões individuais com o paciente ou com os familiares.
  2. PE em grupo – É feita com um grupo de pacientes ou familiares.
  3. PE por outros meios – São modalidades que não envolvem um contato direto e onde são utilizados facilitadores de intervenção psicoeducacional. São programas oferecidos aos indivíduos e utilizados folhetos, cartazes, materiais áudio-visuais, internetsoftware, correio por e-mailou informações publicadas na web que visam educar o destinatário. Apesar de menos efetiva, também tem sido observado bons resultados em pesquisas.
  4. A PE é usada concomitantemente com tratamento farmacológico e, em alguns casos, também pode ser usada, em associação, com o tratamento psicoterápico individual ou de grupo. Há trabalhos e pesquisas envolvendo a terapia cognitivo-comportamental, interpessoal ou outras abordagens psicoterápicas em uso concomitante ou independente da intervenção psicoeducacionais.

A PE vem sendo aplicada em formatos diferentes: algumas de cunho educativo com orientações e suporte, e, outras, evolvem intervenções ativas, derivadas de abordagens psicoterápicas, principalmente a terapia cognitiva comportamental TCC.

Mas para que a técnica seja bem conduzida, é importante que o profissional psiquiatra esteja bem qualificado e preparado. Nesse sentido, uma pós-graduação se apresenta como um bom caminho na busca pelo conhecimento.

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