Lei Seca completa dez anos com 40 mil vidas poupadas no trânsito
Há quem garanta que o trânsito brasileiro mata mais do que as guerras ao redor do mundo. Parece uma afirmação exagerada num primeiro momento, mas não é. Os números assustam e confirmam a triste realidade.
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, a violência no trânsito tira a vida de mais de quarenta mil pessoas por ano nas ruas e estradas do país. Isso representa, em média, 122 pessoas diariamente.
Ainda segundo a ABRAMET, aproximadamente 93% dos acidentes acontecem por falha humana. Nesse cenário, boa parte deles ainda é decorrente de uma mistura que segue sendo uma das principais causas de morte.
Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que a ingestão de álcool antes de dirigir é a terceira maior causa de óbito no trânsito (15,6%). Perde apenas para falta de atenção (30,8%) e velocidade incompatível com a via (21,9%).
Na tentativa de reduzir esses índices, em 2008, foi criada a Lei Seca.
Um estudo recente da Escola Nacional de Seguros afirma que, desde 19 de junho de 2008, quando a Lei Federal 11.705, conhecida como Lei Seca, entrou em vigor, 40 mil vidas foram poupadas pela proibição de beber e dirigir. Outras 235 mil pessoas deixaram de permanecer inválidas em razão dos acidentes.
Punições da Lei Seca
cordo com o artigo 165 do CTB, o condutor flagrado dirigindo sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência comete uma infração gravíssima.
Por conta de mudanças na legislação de trânsito, atualmente, a multa gravíssima é de R$ 293,47, mas a nova Lei Seca multiplica esse valor por 10, chegando a R$ 2.934,70.
Além da punição no bolso, o motorista tem a carteira recolhida e responde a um processo administrativo que leva a suspensão do direito de dirigir por 12 meses, depois de todos os recursos possíveis. O veículo também é retido até que um outro condutor habilitado se apresente.
Fonte: Associação Brasileira de Medicina de Tráfego