Mais de 90% dos casos de transtorno alimentar surgem na adolescência

Publicado em 23/08/2018

O tema principal das conversas é o corpo e a alimentação. Corta alimentos de uma hora para outra ou muda radicalmente hábitos alimentares. Usa pretextos para não comer com outras pessoas. Se isola ou fica muito deprimida. Passa muito tempo sozinha. Se queixa do peso ou da forma física e parece se enxergar maior do que realmente é.

Todos esses são sinais, que segundo especialistas, apontam para uma pessoa com transtorno alimentar. Estudos mostram que mais de 90% dos casos de transtorno alimentar começam com uma dieta e maioria desses sinais surge por volta dos 12 anos de idade.

Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial.

Eles podem ter características como passar várias horas sem se alimentar, fazer uso frequente de laxantes e evitar sair para comer em locais públicos.

Os transtornos alimentares podem causar consequências graves, como problemas nos rins, no coração e até morte. Em geral, eles surgem com mais frequência nas mulheres, especialmente durante a adolescência, e costumam estar ligados a problemas como ansiedade, depressão e uso de drogas.

Os principais são: anorexia, bulimia, compulsão alimentar, ortorexia, vigorexia, síndrome de Gourmet e transtorno alimentar noturno.

De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), só a anorexia já atinge 1% da população feminina mundial. A bulimia chega a 5%.  A compulsão alimentar atinge cerca de 3% da população.

Entre as causas dos transtornos está a predisposição genética, além de fatores psíquicos, hormonais e ambientais, como hábitos alimentares e a pressão social.

 

O tratamento busca recuperar a saúde física e mental da pessoa. Para isso, é necessário o tratamento multidisciplinar, com participação mínima de médico, nutricionista e psicólogos. Ao longo desse processo, o paciente precisa eliminar os comportamentos que levam a perturbações fisiológicas; corrigir sequelas em função da restrição, compulsão e purgação; desenvolver estabilidade emocional, autoestima, habilidade social e boa relação com seus corpos; além de aprender a criar uma alimentação saudável, equilibrada, sem restrições e sem exageros, e que respeite os sinais de fome, saciedade, situações sociais, vontades e relações afetivas.

É por isso que esse é um dos diversos temas abordados no nosso curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Psiquiatria.

 

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