Mamografia pode reduzir em até 30% as mortes por câncer de mama

Publicado em 22/08/2018

De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama ainda é o que mais mata mulheres no Brasil. São 60 mil novos casos diagnosticados a cada ano e a maior arma contra a doença é a prevenção.

E uma das principais formas de prevenir ou de descobrir cedo o problema é a mamografia. Mulheres de forma geral devem fazer o exame a partir dos 40 anos, uma vez por ano.   Porém, aquelas que tem casos de câncer de mama na família, a mamografia pode começar a ser feita 10 anos antes do caso mais precoce entre as parentes que tiveram a doença. Por exemplo, se uma mulher descobriu um câncer aos 40 anos, a filha deve começar a fazer mamografias anualmente aos 30 anos.

 

A mamografia é um exame radiológico para avaliação das mamas, feita com um aparelho de raio-X chamado mamógrafo. Pode identificar lesões benignas e cânceres, que geralmente se apresentam como nódulos ou calcificações. Este exame é usado para detecção precoce do câncer de mama antes mesmo de ser identificado clinicamente por meio da palpação. Estudos apontam que fazer a mamografia regularmente pode reduzir em até 30% as mortes por câncer de mama.

O problema é que, seja por falta de equipamento em algumas cidades ou por desleixo, muitas brasileiras têm deixado de fazer o exame. Em 2016, mais de 8 milhões de mulheres deixaram de realizar o exame.  No ano passado, 51,46% das mulheres acima de 40 anos não realizaram a mamografia em 12 meses, conforme o protocolo recomendado pela Sociedade Brasileira de Mastologia.

Tipos de mamografia

Existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama. A diferença está na forma como ocorre a captação da imagem mamográfica.

  • Mamografia convencional: utiliza com um filme que após a exposição da mama ao raio-X deve ser processado. A imagem da mama é armazenada no próprio filme e caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito.
  • Mamografia digital: utiliza um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e transmite para um computador. A mamografia digital oferece vantagens em relação à convencional. A imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente. Permite ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para melhor analisá-la. Existem, ainda, softwares que auxiliam na detecção de lesões. Com todas essas ferramentas, a mamografia digital pode requerer menor repetição de imagens em relação à analógica, reduzindo assim a exposição à radiação.

Até o momento, os estudos não demonstraram diferenças significativas entre a mamografia digital e analógica, com relação à capacidade de detecção do câncer de mama para a população geral. No entanto, a mamografia digital parece ser mais precisa do que a mamografia convencional em mulheres mais jovens e com mamas densas.

A mamografia é um dos assuntos abordados no nosso curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Radiologia, que está com inscrições abertas para novas turmas no Rio de Janeiro.

 

 

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