Quase 97% das pessoas que se matam tinham algum transtorno mental

Publicado em 21/09/2018

Todos os anos, 12 mil brasileiros tiram a própria vida. No mundo, são mais de 1 milhão de pessoas a cada doze meses. E de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais.

A doença que lidera esse ranking é a depressão. Conforme a Organização Mundial da Saúde, ela afeta 322 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, 5,8 da população sofre com o problema, o que significa dizer que 11,5 milhões de brasileiros convivem com o transtorno. E 17% da população já pensou pelo menos uma vez em se matar. Números que fazem do Brasil o país com mais prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas.

Depois da depressão, os outros casos de suicídio estão ligados ao transtorno bipolar e ao abuso de substâncias.

E foi para tentar prevenir e reduzir os índices que surgiu o Setembro Amarelo.  A iniciativa é da Associação Brasileira de Psiquiatria , em parceria com o Conselho Federal de Medicina. Alguns materiais divulgados pela campanha tem o objetivo de alertar pacientes, familiares e também profissionais para que fiquem atento na hora de identificar algum sinal.

Os médicos ainda não conseguem prever exatamente quem vai se suicidar, mas podem tentar reduzir os riscos. E por isso o detalhado conhecimento dos fatores de risco pode auxiliar os profissionais a delimitarem populações nas quais os eventos podem acontecer com mais frequência.

Os dois principais fatores de risco são:

Tentativa prévia de suicídio

É o fator preditivo isolado mais importante. Pacientes que tentaram o suicídio previamente têm cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente. Estima-se que 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado antes.

Doença mental

Sabe-se que quase todos os suicidas tinham uma doença mental, muitas vezes não diagnosticada, frequentemente não tratada ou não tratada de forma adequada.

Outros fatores ainda precisam ser destacados, como desesperança, desespero, desamparo e impulsividade, idade, gênero, doenças clínicas não psiquiátricas, eventos adversos na infância e na adolescência, história familiar e genética e fatores sociais.

Se você tem interesse em se qualificar nessa área, vai gostar de saber que depressão, suicídio e outros transtornos são alguns dos temas abordados no nosso curso de Psiquiatria.

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